sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mercado em Psicologia Organizacional e do Trabalho

Respondendo questionamento sobre mercado e trabalho em Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT)...

O problema é que SÓ existem vagas na área de Psicologia Organizacional, pelo menos para graduandos (e como comemoramos quando um colega de sala consegue uma vaga REMUNERADA num CRAS, numa ONG como AVAPE, ou num CAPS), e só fica atrás da área clínica depois de formado (inclusive nos cursos de especializações e especialistas cadastrados no CFP/ABEP). Dessas vagas, a maioria é relacionada a recrutamento e seleção (divulgação, triagem de currículos, testes, dinâmicas, contratação), seguido de treinamento (que dependendo da empresa pode se resumir ao apoio em palestras). Isso considerando a região metropolitana de São Paulo. 

Essa questão Trabalho (como saúde do trabalhador) e Organização (interesse capitalista) é um assunto tratado no Manifesto do SBPOT, contra a cisão entre as duas áreas, considerando que são interdependentes. "Como seria, então, possível fazer uma psicologia apenas voltada para o “trabalho”, sem pensar nas “organizações” em que ele ocorre? (...) Para compreender a dinâmica e os processos de trabalho, é preciso estudar os diversos níveis micro, meso e macroorganizacionais em interação."

Se nós considerarmos em termos de mercado (relação oferta e procura), a área organizacional paga bem, tem e sempre terá boa demanda. Precisamos de mais empreendedores nessa área para afirmar e ampliar o leque de ações do Psicólogos nas empresas. Os projetos precisam acontecer dentro das empresas, ter uma postura ativa e com necessidade de apoio do sindicato. Precisa-se convencer, mostrar que a Psicologia do Trabalho na Organização é também uma forma de produtividade e lucratividade (funcionário motivado, na carreira/profissão certa, lidando com o estresse o trabalho em equipe). 

Faça uma busca na Catho para estagiários de Psicologia. São poucas, tímidas as possibilidades de estágio em clínica, social, educacional. Não existem especializações em social ou educacional cadastradas na ABEP por exemplo. São todas áreas que demandam empreendorismo (e os professores cobrando projetos nas instituições como forma de avaliação é uma solução excelente pra incentivar o comportamento empreendedor).

Em relação às aulas de POT, considero que falta mais "Psicologia". Os professores aprofundam muito no aspecto "administrativo", "organizacional", com as divisões, atribuições. Existem técnicas e conhecimentos de Psicologia relacionados às empresas que são abordadas em disciplinas como Psicologia de Grupos mas não em POT. É uma perda e tanto, com sorte reparada por um estágio de sóciodrama nas organizações, por exemplo. 

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