sábado, 17 de abril de 2010

Dicas sobre o trabalho na Psicologia

Existem muitas vagas e cursos na área de psicologia hospitalar. Tanto para concursos públicos, focando a área de avaliação psicológica, como hospitais com processo seletivo na Catho (por exemplo). Além disso, dá pra trabalhar no RH dos hospitais. Você pode conciliar o seu trabalho no hospital com aulas de psicologia hospitalar numa faculdade.

Além dos hospitais, é possível trabalhar em clínicas particulares de reabilitação para deficientes, idosos, dependentes químicos ou então, por concurso, nos "equipamentos públicos de saúde mental" como CAPS (I-até 17h, II-21h, III-24h), CASM (ambulatório), CRAS/CREAS (assistência social).

Você pode ainda trabalhar em cooperativas de psicólogos e outros profissionais, abrir a sua própria cooperativa (com mais 20 colegas), trabalhar para ONGs (com ou sem remuneração).

Finalmente, você pode montar a sua própria clínica particular (com ou sem CNPJ) ou então fazer parte de um grupo de psicólogos com uma única dona da clínica (sublocação).

As cooperativas são uma forma de aliviar os custos e promover auto-gestão, todos os trabalhadores também são donos do negócio. Daí que a cooperativa também tem CNPJ (como a empresa sociedade privada), assim é possível propor projetos para empresas, instituições como escolas, hospitais. Tudo dentro da lei. Por exemplo: numa escola da região está ocorrendo muito bullying, vocês podem ir até a escola, apresentar um projeto de psicologia para diminuir a frequência desse comportamento e promover socialização solidária. Vocês pode propor um projeto de cuidados paliativos a um hospital que está tendo dificuldades em lidar com os pacientes em estado avançado da doença.

Uma coisa eu posso garantir: NÃO FALTA TRABALHO, FALTA PROJETO. Se tem uma coisa que não falta nessa sociedade é trabalho de Psicologia rs
Mas, a perspectiva que nós temos de trabalho é limitado à empresa, CLT, com um patrão mandando e o empregado fazendo seu serviço e indo embora, sem responsabilidades além da sua produtividade, até chegar a hora de aposentar.





* * *


No início sempre é difícil, pra qualquer profissão. Conversa com um médico residente primeiro ano, um padre na primeira missa, um músico no primeiro concerto... sempre é uma experiência difícil, e pode ser agravada de acordo com as características da personalidade como introversão, impulsividade, alta motivação epistêmica, baixa auto-estima (cada abordagem psicológica vai dar um nome diferente).

Outra coisa: a faculdade por melhor que seja não dará todas as informações e nem adianta se revoltar com professor, porque passa ano vêm outro pior e de uma forma ou de outra tem que lidar com o ele ou ela. Então é mais fácil sugar o que o professor já experiencou, dominar o conteúdo básico da matéria nos livros recomendados, participar dos congressos de psicologia (que sempre tem um preço especial para estudante).

Outra coisa possível para ficar por dentro das discussões e movimentos políticos atuais na Psicologia é participar dos eventos que os Conselhos Regionais de Psicologia promovem e participam, do CFP também. Se você já tem um interesse específico por uma área de trabalho, como hospitalar, educacional, quer conhecer os principais nomes/representantes, participar das reuniões: existem associações dessas áreas que podem ser localizadas noFENPB.

Se o seu interesse na Psicologia é financeiro, de fato, não é das melhores áreas para se conseguir grana pra comprar mansão e carro importado, mas alguns concursos têm um salário quase exorbitante. Você pode encontrá-los na página do CREPOP.

2 comentários:

Anônimo disse...

Marcelo, que trabalho bonito e útil que vc está desenvolvendo!!!!
Obrigada pelas dicas...valeu!!!
Ida Ozelin

Marcelo Schiavo disse...

De nada :D

Quem sabe sair um pouquinho do modelo individualista, a união faz a força rs

"vox populi vox dei"
(voz do povo é a voz de Deus)

Abração!
Marcelo