terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Tempo, produtividade e consumo

Lembra daquela discussão sobre escolhas?
Produtividade é algo diretamente relacionado. Estar produzindo alguma coisa é uma excelente forma de considerar se estamos avançando em direção a um objetivo. O problema é quando essa produção fica limitada a feitos amplos ou mais comumente, financeiros.

Cifras e quantidade. Deve ser muito difícil conseguir consumir e dar conta de tanta coisa pra se consumir. Mesmo aquilo não temos necessidade de consumir fica consumível. Tudo é consumível e passível de ser comercializável, daí todos consomem. Inventamos meios para tornar isso permanente e a ética fica guardada na gaveta nessas horas.

Como é bom as pessoas dependerem dos produtos que produzimos, dos nossos serviços, até do que não se tem uma noção material.

Situações bizarras como passar um tempo com outra pessoa precisam render muito, aliás, o suficiente para compensar tanto tempo perdido. Pelo menos conseguimos inventar formas de isso render alguma coisa, como sexo, dinheiro ou algumas gargalhadas.

Então se você produz, pode estar no caminho certo, no máximo vão te criticar que você não está rendendo mais do que poderia, mais.

Antigamente, numa época em que eu pensava em fazer faculdade de economia, vinha-me uma pergunta ingênua na mente: o que vou fazer com tanto dinheiro? Mal sabia eu que alguns anos depois estaria pendurado com contas a pagar, triste por não ter mais poder e dinheiro para consumir, nem que seria considerado inferior porque outra pessoa teria algo que eu não tenho e ela teria todos os créditos, Geld macht Geld.

Acho que não aprendi direito todas as regras do jogo Banco Imobiliário. A principal é assim: junte a maior quantia de dinheiro e poder que puder. A regra é essa, pra quê complicar.

Mas ainda vamos inventar um dinheiro que é mais caro que o dinheiro e só existe e pode ser usado se for para menos, não para mais.

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