Eu ainda estou cursando Psicologia, então falo como estudante.
Entramos com uma percepção limitada da Psicologia no seu aspecto prático, tanto que não é raro aparecer as dúvidas como "o que o psicólogo faz", "pra que serve psicólogo", "isso dá dinheiro". Temos uma ideia, que também é ingênua apesar de mais embasada, do aspecto teórico, circundada por algo que fez muito sentido de algum autor ou uma palestra e que despertou o interesse para cursar a faculdade e se aprofundar.
Ao longo do curso, pelo menos para quem não está nas faculdades top top com poder de pesquisa acadêmica e inclusão no mercado, fora delas parece que a Psicologia está com a plaquinha "under construction" (em construção). Quanto mais a gente estuda mais percebe que o trabalho vai ficar na versão beta além do tempo esperado. Isso pode não ser exclusivo das "mais modestas", mas a forma de lidar é bem outra.
Começando pelo fim da minha resposta, mas isso me fez pensar bastante nos motivos pela qual comecei: além de ser uma segunda opção (tinha intenção de cursar música - regência), sempre me interessei pelo conhecimento que psicologia proporciona na vida humana, ou seja, o que me fez entrar e me mantém na faculdade é o "tesão acadêmico" se é que eu posso dizer assim, a vontade de conhecer, de ser curioso sobre o tema, principalmente no que se refere aos "potenciais humanos", portanto um "motivo teórico".
Há uma espécie de transição, como existe na ciência da psicologia atual, ou seja, é possível constantemente encontrar algo de novo, interessante nas pesquisas e usar na prática, daí, impressinado e satisfeito com o resultado.
Deve ser estranho não dizer o chavão "queria ajudar as pessoas", "quero entender a mente", "quero ter controle sobre as mulheres na cama", mas o tesão era tanto que nas aulas de piano eu levava um capítulo de Psicologia Experimental da editora Wiley para ler ao invés das partituras. lol