"sopra tutto, astenersi dalla roba d'altri; perché li uomini sdimenticano più presto la morte del padre che la perdita del patrimonio." Machiavelli, Il Principe
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"(o homem) Deve, sobretudo, abster-se dos bens alheios, posto que os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai do que a perda do patrimônio."
Eu ainda não entendo como conseguimos fazer uns traçados na terra e dizer "isto aqui é meu, vou vender por x reais". Quem disse que é seu? Um pedaço de papel ou o sangue nas mãos dos seus antepassados? Nem na ética kantiana isso dá certo ou que é vital para humanidade porque há vários hectáres inutilizados, enquanto outras pessoas se amontoam encima das outras em cidades com IDH baixíssimos ou simplesmente os sem-terra que ficam literalmente sem a terra para moradia e produção porque ela "é" de alguém. Esse conceito de posse é ainda muito primitivo, gera violência, sangue, contratualismos exagerados, enche departamento jurídico de prefeitura com pendências (e um GASTO enorme).
Numa aula de Antropologia com a professora doutora Hertha, ela fez a seguinte pergunta: "Qual é a primeira coisa que a gente fala quando nasce? É MEU!". rs É muito interessante esse conceito pois demonstra como nos relacionamos de modo a "tomar/obter posse". Até experiências são posses. "Eu TENHO sonho", "Eu TENHO sexo", "Eu TENHO amor-próprio".
Daí que vêm os loucos que dizem: pode levar. Na hora da partida não importa quanto eu tente vou ter de largar tudo mesmo. (Oh yeah, Benjamin Button e Alex Supertramp).
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