quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sobre suicídio - Cartilha do MS

• Quase 1 milhão de mortes por ano (900 mil em 2003).
• Entre as três maiores causas de morte dos 15 aos 35 anos.
• Para cada suicídio há média de 5 ou 6 pessoas próximas ao falecido que sofrem conseqüências emocionais, sociais e econômicas.
• 8000 suicídios no Brasil em 2004, entre os 10 maiores com números absolutos
• Quase 4 suicídios de homem para cada mulher (3,7:1 em 2004)
• Apesar do número absoluto menor do que os homens, mais mulheres têm cometido suicídio (aumento de 24,7% entre 1994 e 2004, para 16,4% para homens)
• Estima-se que tentativas de suicídio supere em 10 vezes o número de suicídios
• O estado com maior índice de suicídios no Brasil é Rio Grande do Sul (8,16%).
• A região com maior índice de suicídios é a Sul, seguida do Centro-Oeste (6,25%).
• Numa pesquisa feita em Campinas, de cada 100 habitantes, ao longo da vida, 5 fazem planos de suicídio e 3 fazem a tentativa.
• Os principais fatores de risco para o suicídio são: história de tentativa de suicídio e transtorno mental.
• Numa pesquisa da OMS, 2002, com mais de 15.000 casos, as causas foram 36% transtornos de humor, 22,5% uso de substâncias, 11,5% transtorno personalidade, 10,5% esquizofrenia, 6% transtorno ansiedade
• Três características psicológicas principais das pessoas sob risco de suicídios: Ambivalência (querem alcançar morte mas também viver, luta "interna"), Impulsividade (durar alguns minutos ou horas, desencadeado por eventos negativos), Rigidez/constrição (dicotômia: tudo ou nada, única solução, sem outras maneiras, "visão em túnel")
• Atenção: Frases de alerta: “Eu preferia estar morto”, “Eu não posso fazer nada”, “Eu não agüento mais”, “Eu sou um perdedor e um peso pros outros”, “Os outros vão ser mais felizes sem mim” + 4D (depressão, desesperança, desamparo e desespero
• Mitos: “Se eu perguntar sobre suicídio, poderei induzir o paciente a isso.” -> questionar de modo sensato e franco aumenta vínculo com o paciente, “Ele está ameaçando suicídio apenas para manipular.” -> precisa ser levado a sério, chegar a esse tipo de recurso indica sofrimento e necessidade de ajuda, “Quem quer se matar, se mata mesmo.” -> imobilismo terapêutico, descuido, evitar os que se pode evitar, “Quem quer se matar não avisa.” -> pelo menos 2/3 haviam comunicado de alguma maneira, “O suicídio é um ato de covardia (ou de coragem)”. -> dor insuportável, “No lugar dele, eu também me mataria.” -> julgamento pessoal, risco de identificação.
• Comunicação: Ouça com cordialidade, Trate com respeito, Empatia com as emoções, Cuidado com o sigilo.
• O que fazer: Ouvir, mostrar empatia, e ficar calmo, Ser afetuoso e dar apoio, Levar a situação a sério e verificar o grau de risco, Perguntar sobre tentativas anteriores, Explorar as outras saídas, além do suicídio, Perguntar sobre o plano de suicídio, Ganhar tempo – faça um contrato, Identificar outras formas de dar apoio emocional, Remover os meios pelos quais a pessoa possa se matar, Tomar atitudes, conseguir ajuda, Se o risco é grande, ficar com a pessoa.
• O que não fazer: Ignorar a situação, Ficar chocado ou envergonhado e em pânico, Tentar se livrar do problema acionando outro serviço e considerar-se livre de qualquer ação, Falar que tudo vai ficar bem, sem agir para que isso aconteça, Desafiar a pessoa a continuar em frente, Fazer o problema parecer trivial, Dar falsas garantias, Jurar segredo, Deixar a pessoa sozinha.

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