quinta-feira, 17 de setembro de 2009

´´Afinal qual o papel do Psicanalista em Lacan?``

Ultimamente tenho pensado muito no Luto que deve ser elaborado por parte do analista.
Se o analista tem que dar conta do recado do outro(ouvir , digerir e devolver) sem intervir com suas próprias questões subjetivas , ainda que faça análise e supervisão ele deve elaborar em sí sempre a morte do desejo . O desejo de responder exatamente de onde o analisando pede e não exatamente de onde o analisando precisa.
O fato é que de onde o analisando quer que o analista responda não necessáriamente significa o mesmo lugar de seu desejo( do analisando) , já que ele quer algo conscientemente e deseja outro algo que é o não dito , o analista vai fazer o trabalho de escutar exatamente aquilo que o analisando esta impossibilitado de dizer e intervir de onde o analisando precise para que possa falar , e em seguida perlaborar , ou mesmo o contrário.
O engraçado é que ao seguir o desejo inconsciente do analisando (sempre da ordem do não simbolizado ainda) o analista vai de encontro ao não querer consciente do analisando.
Seu trabalho deve ser o de implicar o sujeito com seu desejo , o de fazer o analisando que uma vez mal possuia saber ( consciente) sobre seu desejo , venha a poder se implicar com ele à fim de que não o precise repetir e possa o flexibilizar .
Pragmaticamente pode se parecer um trabalho bem cruel o do analista , e realmente assim pensando o é! Mas assim o é por ser necessário , de que outra maneira poderia o sujeito se haver com um mal gozar do inconsciente?Em um gozo que faz o Eu do sujeito sofrer?

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