sábado, 19 de setembro de 2009

Fatores filogenéticos e ontogenéticos

A grande dúvida que tem me batido esses anos é o quanto podemos atribuir de causas para o ser humano. Alguns genes não se manifestam no fenótipo, seja por questão de penetrância ou expressividade. Utiliza-se influência ambiental como critério nesses conceitos, em coerência ao conceito de adaptação ao meio via seleção natural da teoria darwiniana.

Mas até que ponto podemos nos delimitar nesse conceito uma vez que obtemos a capacidade de abstração elevada? Cada época cai por terra alguns paradigmas. A adoção, por exemplo, qualquer pessoa (respeitados os critérios) solteira acima de 18 anos pode adotar uma criança aqui no BR. Essa possibilidade de cria não mais direciona a matar as outras espécies humanas (os outros tipos de "homo" que não sapiens, não mais existentes) para território ou outros animais para comer pois não precisamos de carne na nossa dieta (considerando as exceções como vitamina B12). Nem o cuidado da cria visto que as babás e vós passam mais tempo com a prole do que os próprios pais. Nem sequer utilizamos métodos naturais (papai-mamãe) em função da probabilidade de erros genéticos, má formação.

Ok, mas aí você pode me perguntar sobre a tendência natural das pessoas se agruparem e desses grupos se institucionalizarem e buscarem/manterem o poder, desviando dos objetivos originais, no caso da guerra, ou de um hospital (mais preocupação com o salário e seguro-saúde do que salvar vidas), ou de uma escola (campo de treinamento para o vestibular), não seria isso resquício/nossas origens/causa?

Fiquei impressionado quando descobri que nascemos com uma cabeça (cérebro de 1300cm³) tão grande que nem conseguimos nos equilibrar até desenvolver força nos membros de sustentação. É uma "posição ontológica" considerar mais um fator do que o outro.

Este texto (com a participação de grandes colegas da área) também no orkut.

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